Querido filho, este foi o nosso primeiro Natal sem a tua presença física...
Admito que o temi muito tempo antes do dia, temi não aguentar.
Senti tanto a tua falta...
As palavras faltam quando se fala de Saudade, principalmente quando quero descrever as saudades que sinto do teu cheiro, do teu miminho, do teu corpinho,
Imaginei-te a abrir os presentes, bem sei que o Natal não são prendas, mas a verdade é que adorava ter-te visto a rasgar os embrulhos, a verdade é que queria ver isso... A verdade é que queria-te vestir a combinar com a mana e com o primo, a verdade é que queria ter-te naquela mesa, a verdade é que adorava ter-te comprado imensas prendas.
Tentei até ao dia evitar, imaginar que não era Natal, mas era inevitável esse dia ia chegar, e eu mais uma vez ia ter que colocar a mascara do "está tudo bem" e tentar levar as coisas com normalidade, por nós, pela mana, pelo Xixo, por todos.
Consegui sentir-te, como consigo todos os dias...
Ao mesmo tempo senti a união de toda a nossa família, estou muito grata por isso, e sei que tu tiveste influencia nisso, tu unis-te a nossa família, tu mostras-te o quanto conseguíamos ser unidos e apenas, AMAR.
Filho, fizeste-me tanta falta...
Fazes-me tanta falta...
Como estarias agora?
Como ias reagir a ver a vovó vestida de mãe Natal?
E o Xixo a desmanchar a árvore ao tio João...
Como ias reagir a ver a mana nas maminhas da mamã?
É inevitável não consegui não imaginar tudo isso...
Ao mesmo tempo sei que estás sempre em nós, sei que nos vês, e sei que nos Amas assim como nós te amamos a ti.
Obrigada por teres ajudado a mamã.
Não te esqueço, NUNCA.
AMO-TE Fíinho.
Com amor,
A mãe do Duarte